Ameaças invisíveis: Phishing, Engenharia Social e Cliques Perigosos
O phishing é uma das formas mais comuns de engenharia social, usada por cibercriminosos para enganar usuários e induzi-los a revelar informações sensíveis ou instalar malware. Estima-se que mais de 90% dos ataques cibernéticos tenham início em tentativas de phishing.
O cenário é alarmante: cerca de 75% dos ataques começam com um e-mail falso, contendo anexos maliciosos, links fraudulentos ou mensagens enganosas. Em 99% dos casos, o sucesso da fraude depende de que o usuário clique em um link, abra um anexo ou execute alguma ação solicitada.
Usuários ainda vulneráveis — Mesmo com treinamento
Testes de segurança mostram que, sem treinamento, aproximadamente 32% dos usuários clicam em links de phishing. Com treinamentos mensais, essa taxa cai para 17,6% em três meses e pode chegar a apenas 5% após um ano de conscientização contínua.
Apesar disso, o ano de 2024 trouxe um alerta: o índice de cliques em links maliciosos triplicou, subindo de 2,9 para 8,4 por mil usuários/mês. Isso indica que os ataques estão cada vez mais sofisticados, explorando fadiga, pressa e distração das pessoas.
A busca na internet também pode ser perigosa
As ameaças não se limitam ao e-mail. De acordo com relatório da Netskope, técnicas como:
- SEO poisoning (manipulação de resultados de busca),
- Malvertising (anúncios maliciosos),
- e sites comprometidos,
têm sido usadas para espalhar links perigosos, muitas vezes de forma mais eficaz do que o próprio phishing tradicional.
O alto custo de não estar preparado
Empresas que sofrem brechas de segurança enfrentam prejuízos milionários. Em 2021, ataques via phishing causaram perdas médias de US$ 4,65 milhões.
Além disso, estudos indicam que até 95% das falhas de segurança têm origem em erro humano, como:
- cliques em links suspeitos,
- uso de senhas fracas,
- ou respostas a tentativas de engenharia social.
Como fortalecer a barreira humana contra ameaças
Ação | Benefício |
Treinamento contínuo e simulações de phishing | Reduz até 5x a chance de sucesso dos ataques. |
Ferramentas antiphishing e filtros de e-mail | Bloqueiam links suspeitos antes que o usuário interaja. |
Orientação sobre navegação segura | Ensina a identificar sinais como “https”, cadeado e URLs legítimas. |
Políticas internas e cultura de segurança | Incentiva o reporte rápido de tentativas suspeitas. |
Mesmo com tecnologias avançadas de proteção, o fator humano continua sendo a principal defesa contra ciberataques. Investir em treinamento recorrente, simulações realistas e boas práticas de navegação segura não é apenas uma recomendação, é uma necessidade estratégica para prevenir incidentes e proteger o patrimônio digital da sua empresa.